terça-feira, 14 de agosto de 2012

ALCAIDES E ALCALDES

Nunca percebi qual a razão pela qual deste canto da Ibéria chamam alcaides aos Alcaldes do outro lado.
Se nunca do lado de cá chamam alcaides aos Presidentes das Câmaras; se nunca do lado de lá chamam alcaides aos Presidentes dos Ayuntamientos porque carga de água chamam os de cá alcaides aos Alcaldes?

Curiosa generalidade de que hoje testemunhei uma excepção.
No Canal 1 da RTP, no telejornal das 13H00 e informando sobre a supressão do Ramal de Cáceres vi e ouvi o jornalista António Nunes Farias chamar Alcalde ao Alcalde  presidente do Ayuntamiento espanhol de Valência de Alcântara, Pablo Carrillo, que num português sem sotaque se mostrou surpreso e  contra a decisão do Governo português.
Mais adiantou e para nossa vergonha, que do lado de lá continuaria uma composição da RENFE sempre disponivel para chegar a MADRID.
Os do lado de cá de Cáceres no entretanto tomaram uma actitude tipo ovo de colombo. Descerraram um dístico onde se dava conhecimento à posteridade a data e os responsáveis pelo encerramento do Ramal.
De facto se se colocam placas a comemorar os inaugurações, porque não assinalar com lápides os encerramentos?
Se os de Bragança fizerem o mesmo, muita gente se surprenderá, no futuro, quanto ás responsabilidades de quem hoje jura defender os interesses do  país.

TONE DO MOLEIRO NOVO

sábado, 11 de agosto de 2012

BERNARDO LOPES PÓVOA

Deu-me a notícia o Augusto Canário.
Tinha morrido o Senhor Bernardo Lopes Póvoa de Benavila, Aviz.
Este texto é provisório. Colocarei cá uma fotografia com este Alentejano a tocar de pé.
Um dia, em Viana do Castelo, meti-me com ele pois começara a tocar sentado. Brinquei com este pormenor e a sua qualidade de Alentejano. Garantiu-me que nunca mais tocaria sentado.
Não sei quando foi a última vez que tocou a sua concertina e se a tocou de pé ou sentado.
Mesmo sentado tocaria de pé como tocam e cantam todos os Alentejanos.

Ao Senhor Bernardo peço que dê um grande abraço a Chavela Vargas que também escolheu Agosto para partir. Lá no céu deve haver qualquer coisa como a Casa do Artista onde todos se encontrarão.

Estou a chorar Senhor Bernardo por não mais o ouvir tocar o seu VIRA.

António Alves Barros Lopes