quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

QUIM BARREIROS


Bem, este não é o Quim Barreiros! É o Bruno Nogueira na foto de promoção do seu Lado B. Assim sendo pode deduzir-se que o Lado A será o anterior.

Dizem para aí que não passa de uma paródia ao que o Zé Cid fez na década de noventa e que aqui vai:
Quanto a esta obra prima que poderia ombrear com a Grécia antiga se na altura houvesse máquinas fotográficas em vez de maços e cinzeis, também dizem para aí que se tratou de um protesto contra a não divulgação da música portuguesa para a qual o nosso José Cid estará da mesma forma que o Elton John, Bruce Springsteen e John Miles estarão ( todos ao mesmo tempo) para a música Anglo Saxónica.

Aqui foi  Morrissey que quis dar uma de original.

Mas desiludam-se meus senhores! Mesmo despidos não vestem a camisola amarela!
Muito antes de conhecer o José Cid e muito mais antes de conhecer o Bruno Nogueira, e muito antes de Morrissey conhecí eu o  Quim Barreiros.

Tocava acordeon no Conjunto Alegria de seu Pai o Joaquinzinho. Por volta de 1962, 1963 aprendí a dançar, nos bailes da Sociedade de Areosa, ao som da sua música. Tempos Gloriosos. 

Ora o Quim Barreiros lançou a sua carreira a solo já na década de setenta.
Depois de já ter gravado vários LPs instrumentais entre os quais em 1971 (Música Tradicional Portuguesa) com o guitarrista Jorge Fontes, que até era de Gaia ( morreu no passado Janeiro), o Quim gravou um EP de 45 rotações no qual pela primeira vez cantava neste tipo de gravações. Neste EP estão dois temas gravados anteriormente por  um cantador e tocador de concertina de Gondinhaços. O Manuel Branco de Azevedo. Eram O CONVITE e a TRUTA. Isto passou-se por volta de 74/75. 

Ora vejam aqui como é que o Quim se apresentou na capa  desse disco e digam-me quem foi o precursor!

E façam o favor (salvo seja!) de reconhecer que o Quim é um grande artista. E só desdenha quem não sabe quão popular sempre foi e o tempo que ele já tem de carreira. Seguramente cinquenta anos! Um dia, vai aí para uma dúzia de anos atrás, num programa do Herman José, pelas festas dos Santos Populares em Lisboa, estava presente a Maria José Valério.                                           O Quim entrou em palco e o Herman tentou apresentá-los um ao outro.                                                                                                                             -Não sei se conheces aqui a Maria José Valério. Perguntou ao Quim!                                                                                                                                                                                                                        - Óh! Herman, então não conheço. Em 1964, tocava eu concertina no Rancho de Santa Marta, numa gala no Casino Estoril, estava lá fulano e beltrano...! A Maria José Valério confirmou e o Herman fechou a matraca! É que muito antes do Herman aparecer já o Quim Barreiros era gente.                                     Miniatura
Com as minhas homenagens e umas certas saudades dos tempos em que no Carnaval se comiam os chouriços por detrás do palco.                  
                                          Lopesdareosa

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